domingo, 8 de maio de 2011

Seria a apologia?


Entre as situações mais polêmicas da sociedade, e entre as possíveis mudanças de costumes da população, está a questão da legalização da maconha. E não vem de hoje, debates sobre o tema e manifestações pró-legalização dão seus sinais desde os anos sessenta.

E desde sempre, a luta pela legalização vem se caracterizando como uma luta de "classes", se assim pode-se chamar. Digo isso porque a bandeira vem sendo tomada somente pelos usuários, e participar de uma marcha da maconha lhe dá o título de maconheiro. Ora, vem como sempre aí a questão da nossa sociedade fechada a novidades, vamos dizer assim. Ou vai me dizer que você não vai estranhar se amanhã a maconha for legalizada e seu vizinho começar a fumar "umzinho" na porta de casa??

E me acho um tanto ousado nas questões que levanto aqui. Afinal, amigo leitor que não me conhece, será que você não se perguntou se eu sou gay pelos meus últimos posts? E agora, falar de maconha, e defender sua legalização pode me dar o título de maconheiro! Mas lembre-se: Ser homossexual se caracteriza por ter atração em pessoas do mesmo sexo e ser "maconheiro" é fumar maconha; não falar sobre isso.

Acontece que o preconceito sobre os temas que se propõem a mudar costumes na sociedade é tão grande, que só quem consegue falar sobre, pensar sobre e tomar uma posição, são as pessoas mais interessadas no assunto. Então, amigo, antes de criticar qualquer coisa e chamar todo mundo que participou da marcha de maconheiro, entenda o que se passa sobre a questão! 

Sabemos que o tráfico é o principal alvo de discussão da legalização. Pois é, é o maior mal criado pelas drogas ilícitas, já que as drogas lícitas não ficam atrás em questão de vício e prejuízo à saúde. A legalização da maconha vem num sentido de descriminalizar sua venda, e com isso as vendas ilegais perderem sua força, não o contrário. E em ambições menores, a marcha da maconha luta por bandeiras como permissão para o cultivo pessoal e para o uso terapêutico da droga.

Bom, mas o principal vem em pensar sobre tudo isso. Concordar, discordar, pensar em outras soluções... É isso que falta para a sociedade brasileira, para construir questões coletivamente! E se você quer participar, não precisa ser gay para ir à passeata, nem maconheiro à marcha. Afinal, você faz parte da sociedade, e é ela  que queremos mudar, pra ficar cada vez mais com a nossa cara!

4 comentários:

  1. Isso, com certeza iria trazer problemas para nossa sociedade, assim como faz o cigarro e o álcool. Acho que não precisamos marcha para aprovar a maconha, primeiro deveríamos nos conscientizar e ajudar o próximo: é isso que eu quero para mim? Outro vício.
    Temos outros problemas para nos preocuparmos. Por que logo a maconha?

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  2. Valeu pelo comentário, Rodrigo. :D concordo cntg em parte amigão! Mas e o tráfico, como a gnt resolve?

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  3. é sempre bom ler as opiniões das pessoas a cerca de grandes polêmicas, como a do uso da maconha. E dificilmente encontramos uma pessoa que consiga sustentar, efetivamente, seu ponto de vista a cerca da legalização dessa droga, pois as opiniões costumam ser superficiais e embasadas, principalmente, em falsas soluções. Não acredito que a simples legalização da maconha acabaria com o tráfico, pois as mesmas pessoas que vendem essa erva ,também, vendem a cocaína, o crak, e todas as drogas ilícitas que prejudicam a saúde humana. Ou seja, acabar com o tráfico vai além de uma marcha - a qual, por sinal, acho perfeitamente válida, a liberdade de expressão é um direito basilar do cidadão. É certo ressaltar,tb, que fumar o tal cigarinho da "paz" é uma escolha pessoal, cada um tem seus desejos e vontades, o problema entra quando esse anseio vira dependência e vontade de experimentar outras novidades, sendo prejudicial ao próprio fumante, aos seus conhecidos e, indiretamente - ou, as vezes, diretamente - a toda a sociedade. A maconha é apenas uma parcela pequena da problemática do uso da droga, é preciso pensar além do tráfico. Espero que entenda minha opinião e caso queira criticá-la,esteja à vontade... pois a discussão de ideias é a essência da democracia. Gostei do blog...e ainda mais do nome dele!
    Camila Jacó

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  4. É, eu discordo! Acho que a legalização e controle das autoridades sobre as vendas seriam vitais, não acho a legalização tão simples! Acho também que a própria qualidade da droga seria supervisionada, e aí nós temos uma possibilidade de diminuir o impacto na saúde que faz o cigarro. Acho, inclusive, que a legalização diminuiria o número de usuários.
    No mais, muito obrigado pelo elogio e pelo comentário ^^

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