segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Congresso Latino Americano e Caribeño de Estudiantes


Os livros nunca começam a contar a história dos países da América Latina pelo começo. Sempre o início do capítulo é marcado pelo “... e em 22 de abril de 1500, com a chegada das 13 naus de Cabral, o Brasil foi descoberto...”. Choque de culturas, colonização, escravização dos povos típicos, extração de riquezas, exploração; Estamos aí lendo o esqueleto básico da história de descoberta da maioria dos países da América Latina. Se na história mais contemporânea, lemos industrialização tardia, pobreza, má qualidade na infraestrutura, ditaduras e exploração do neoliberalismo (ou imperialismo moderno). Muito mais há o que se contar das histórias de tais países, e muito mais há o que se ver de parecido. Sempre história de luta, resistência e alegria. Sim, alegria, pois nesse povo há uma facilidade de contágio de felicidade incrível, que transmite junto esperança que atravessa fronteiras.
Seja por diversos fatores, pela democracia jovem ou pela escolha de vítima maior do neoliberalismo, a América Latina está, e muito, abaixo do que seu povo necessita. Índices de pobreza e diferenças entre classes são frutos das constantes altas taxas de analfabetismo e evasão escolar recorrentes do Chile ao México.
A falta de soberania e o atrevimento dos imperialistas marca a história jovem dessa parte da América. Só que, maior ainda é a marca das lutas e da resistência. Pois foi no meio dos processos de independência, de afirmação republicana, de ditadura, que nasceram os grandes heróis americanos. Épocas que apesar de não vividas pelos mais jovens, dão exemplo de nacionalidade e resistência a todos, e faz com que a luta pela soberania e contra a opressão ganhe vida e expectativa de vitória. Tudo isso, meus amigos, vivi nesta última semana.
O Congresso Latino Americano e Caribenho de Estudantes juntou mais de 3 mil estudantes em Montevidéu, no Uruguai. Para debates, reafirmação de convicções, retirada de pautas, moções e calendários comuns. Mas, principalmente, pra juntar todos em palavras de ordem que diziam uma única coisa; Alerta, Alerta, Alerta que caminha,| o anti-imperialismo pela América Latina.
A “marcha de los estudiantes” sempre acontece no dia 14 de agosto no Uruguai, dia de morte de Liber Arce, principal mártires estudantil uruguaio. A marcha, dessa vez, teve uma dimensão mais que especial; conseguiu juntar toda a América Latina e seus mártires e suas bandeiras. E não só eles. Estavam presentes Símon Bolívar, Hugo Chávez, Fidel Castro, Evo Morales, Luiz Inácio LULA da Silva, e tantos outros que, em qualquer época, sempre lutaram, de tantas maneiras diferentes, pela soberania Latinoamericana.
O que nos UNE, meus amigos, é muito mais do que a simples geografia. Mucho más

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